30.10.11

Novo endereço

Caros amigos, colegas e seguidores. Buscando aumentar a qualidade do blog e facilitar sua manutenção e aprimoramento, mudei o endereço do blog para www.arqdaltonico.wordpress.com. Não deixem de acompanhar.

Abraço,

Ricardo Meira

19.10.11

10º Prêmio Jovens Arquitetos

Parabéns aos amigos Ailton Cabral, Igor Campos e equipe pela menção honrosa no 10º Prêmio Jovens Arquitetos. Reproduzo aqui texto e imagens postadas no site www.concursosdeprojeto.org.


Categoria – Arquitetura Projeto
Menção Honrosa – Casa no Vale – Brasília – DF
Autor: Arq. Igor Campos
Co-autores: Arqs. Ailton Cabral Moraes, Hermes Romão Campos, Fabiana Fasconcelos Gomes e Luiza Campos.
Colaboradores: Estagiárias Camila Glycério Muneron e Luisa Spindola.

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O declive acentuado no terreno, localizado numa região bucólica próxima de Brasília, foi a premissa para o desenvolvimento do projeto da Residência no Vale. Com programa simples, contemplando os itens básicos de uma casa, com cerca de trezentos e cinquenta metros quadrados, e um ateliê para a proprietária, artista plástica, a vista privilegiada proporcionada pela altitude foi aproveitada em todos os ambientes que configuram os espaços da residência.
A cobertura acessível, possível graças às curvas de nível, também busca resguardar a vista para a natureza exuberante do local. Um espelho d´água foi posicionado na cobertura, de modo a trazer conforto ambiental e valorizar um espaço que cumpre a função de área de estar.
A casa foi pensada para ter implantação discreta, e fazer parte do terreno de forma sutil e delicada. Os materiais, em seu estado natural, reforçam a simplicidade e a relação intrínseca da obra com o local onde está inserida. Concreto aparente e madeira foram as escolhas para a Casa no Vale, com brises que se abrem completamente para o exterior, tornando a varanda, em balanço, o ponto focal do projeto.











Confira a seguir as pranchas:


TFG em andamento...

Hoje terminam as bancas intermediárias de TFG (Trabalho Final de Graduação) aqui na Unip - Brasília. Sempre sugiro aos meus orientandos que busquem referências em trabalhos de outros campi da própria Unip ou de outras instituições, com o objetivo de preencher eventuais lacunas no "calcanhar de Aquiles" dos formandos: A diagramação das pranchas.

Normalmente não é dada a devida importância à apresentação dos trabalhos acadêmicos, seja pelo tempo exíguo, seja por critérios do próprio professor. É fato que nós, docentes, não conseguimos ensinar a "montar pranchas" com a carga horária que nos é dada para as disciplinas de Projeto. Resta ao aluno procurar exemplos, buscar ajuda de colegas mais adiantados, dos chefes nos estágios, em projetos de concursos, além de outras facilidades que a internet nos proporciona.

No meu tempo (pronto! estou oficialmente velho) não tínhamos o São Google e afins, com sua quase infindável fonte de referências visuais.

Como sou molenga, sugiro alguns links para meus ansiosos, quase desesperados pupilos. Espero que ajude!

12.10.11

Em defesa da nossa cidade

Arquitetos e Urbanistas se unem em defesa de Brasília

Arquitetos e urbanistas se uniram contra a expansão do Setor Hoteleiro Norte, em Brasília, e entregaram, nesta segunda-feira (10), uma carta ao administrador de Brasília, Messias de Souza. No documento, a filha do urbanista Lúcio Costa, Elisa Costa, diz que o projeto de construção do setor não pode ser aprovado “em nenhuma hipótese”.

Ao receber o documento, Souza afirmou que o plano urbanístico da cidade precisa ser atualizado. “Não é um fetiche, não é uma coisa que cada um parta de uma opinião prévia de que a cidade não pode ser mudada”, afirmou Souza. O administrador também declarou que o novo setor deve ser construído. No entanto, Messias Souza não estipulou datas.

A proposta também tem recebido críticas do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e até de empresários em Brasília. “Quando mudar a legislação, a destinação e a forma que for mudada é que a parte executiva poderá ser feita ou não”, explicou o administrador.

Para discutir as questões relativas à construção, o governo do Distrito Federal deve realizar um debate público no dia 21 de outubro. De acordo com o administrador, a licitação para escolha de uma única empresa que ficaria responsável pela execução de todo o projeto e a altura dos prédios são pontos que ainda geram polêmica em relação ao novo setor.


No projeto assinado pelo GDF, os hotéis teriam pelo menos 15 andares, em um local onde a altura dos prédios não pode passar de três andares. A ampliação do Setor Hoteleiro Norte deve atender à demanda da Copa do Mundo no Brasil, em 2014. O projeto é criar 10 mil novos leitos em uma área de 85 mil m², perto do Estádio Nacional de Brasília.

De acordo com a arquiteta e urbanista Jane Jucá, o novo setor alteraria o projeto original da cidade. “Altera tanto o projeto original quanto o projeto de tombamento, que reforma o projeto original”, explicou.

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) afirmou que o novo setor fere o tombamento de Brasília. Um documento, com 160 assinaturas, foi enviado pelo órgão ao Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan) e à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) questionando a necessidade da obra.

O Iphan também afirmou que a expansão do Setor Hoteleiro Norte fere o tombamento de Brasília. De acordo com o instituto, o GDF não deve intervir em uma questão federal.
fonte: g1.globo.com
 

7.10.11

Designer cria código para ajudar daltônicos a identificar cores - 07/10/2011

Folha.com - Equilíbrio e Saúde - Designer cria código para ajudar daltônicos a identificar cores - 07/10/2011

Por que não pensei nisso antes???

Um projeto de inclusão que promete facilitar a vida dos daltônicos foi divulgado em São Paulo nesta semana. O designer português Miguel Neiva criou um sistema de símbolos que permite que pessoas com a deficiência visual identifiquem as cores.

Chamado de ColorADD, o código foi desenvolvido durante oito anos de pesquisa, de 2000 a 2008.


O código de identificação de cores para daltônicos ColorADD

A ideia surgiu quando Neiva procurava um tema para seu mestrado e se deu conta de que não existia nada que ajudasse os daltônicos a entender as cores.

"Eu queria fazer algo que aumentasse a autoestima e a segurança dos daltônicos."

Cerca de 10% da população masculina é daltônica. O problema é herdado da mãe, pelo cromossomo X. Apenas 2% dos casos ocorrem em mulheres.

Existem três tipos de daltônicos. A deuteranopia é o tipo mais comum e responde por metade dos casos. Os portadores desse problema confundem verde com vermelho.

Durante o desenvolvimento do projeto, o designer conduziu um estudo com 146 daltônicos de diversos países.

Ele descobriu que 90,2% dos portadores pedem ajuda para comprar roupa e 41,5% sentem dificuldade de integração social.

"Queria criar um conceito de design que se transformasse em uma ferramenta para melhorar a vida. A cor e a forma são os principais elementos da comunicação universal", afirmou.

O código consiste em pequenos símbolos que identificam as cores primárias -azul, amarelo e vermelho. A união de dois símbolos identifica as cores secundárias -como o verde, que é o amarelo combinado com o azul.

O preto e o branco são identificados por pequenos quadrados. O que simboliza o preto é cheio, enquanto o branco é vazio. Eles podem vir combinados aos símbolos das outras cores para identificar se são claras ou escuras.

Segundo Neiva, o sistema já é usado em algumas cidades portuguesas, como no Porto, onde é aplicado no metrô e em hospitais. Já existem produtos à venda naquele país com o código, como lápis de cor e tintas.

Neiva conta que se reuniu com autoridades de transporte em Londres, para propor o uso do código no metrô local.

O projeto do designer é sustentado com a venda de licenças de uso por cinco anos.

Lápis de cor com código de identificação para daltônicos

Aprender a identificar as cores é fácil. Quero ver ser arquiteto!!!!

18.9.11

CHAPA Ano Um para o CAU-DF


No dia 26 de outubro será realizada a primeira eleição para os conselheiros do CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo em todos os estados e no DF. Aqui no Distrito Federal teremos chapa única. Apresento a chapa "CAU: ANO UM", com a seguinte composição:


De acordo com a Lei 12.378, o número de conselheiros é definido proporcionalmente pela quantidade de arquitetos em cada U.F.. Serão 10 conselheiros e 10 suplentes no CAU-DF e um conselheiro e seu suplente para cada Estado no CAU-BR. Convido a todos os colegas e estudantes a discutir os rumos da nossa profissão, num momento Tão importante e histórico. O voto é obrigatório e a eleição será totalmente pela internet. Maiores informações acessem o site www.cau.org.br.
ARQUITETURA, UM BOM CONSELHO!!

7.9.11

9º BIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITETURA DE SÃO PAULO



Entre 02 de novembro e 04 de dezembro de 2011 acontece a Nona Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. Para os estudantes, seguem as informações sobre o concurso internacional de idéias, cujo tema é: "Arquitetura para Todos: construindo cidadania".

OBJETIVO
Este concurso tem como objetivo valorizar a criatividade e motivar a participação de estudantes de Arquitetura e Urbanismo no debate sobre o papel do Arquiteto e Urbanista na construção dos espaços do Homem e da cidadania.

OBJETO

Considerados os objetivos do concurso, o que se propõe é a realização de um exercício de projeto que permita aos concorrentes transitar, refletir e propor intervenções nas mais variadas escalas envolvidas na produção do espaço.

Mais informações, clique AQUI

28.8.11

Eleições para o primeiro CAU



Se encerram nesta segunda-feira, dia 29/08, as inscrições para chapas concorrentes aos cargos de Conselheiros titulares e suplentes do CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, dos Estados e do Distrito Federal.

A eleição acontecerá, totalmente pela internet, em 26 de outubro de 2011


De acordo com a Lei nº 12.378/10 todas as unidades da federação terão seu CAU. As chapas são formadas por um conselheiro federal (serão 28, um para cada UF e um representante das Instituições de Ensino), os demais conselheiros estaduais/distritais e os respectivos suplentes.

O número de conselheiros é proporcionalmente definido pela quantidade de profissionais registrados em cada Estado. A tabela para a primeira eleição está aqui.


No DF são dez conselheiros e dez suplentes. Lembro que a eleição é obrigatória!!! Fiquem ligados! É um momento único. Temos a chance de fazer história e redefinir os rumos da nossa profissão.

21.8.11

Você precisa de Networking?

Reformulando a pergunta, você SABE o que é Networking? Se você não sabe é porque precisa mais do que imagina! Reproduzo abaixo mais um artigo do amigo engenheiro e palestrante Ênio Padilha, sobre a importância da rede de relacionamentos para o arquiteto e o engenheiro.

Redes de relacionamentos para arquitetos e engenheiros

Há algumas semanas publiquei um artigo com o título CARTA A UM CALOURO (DE ARQUITETURA OU DE ENGENHARIA) no qual apresentei alguns "conselhos" para os colegas que estão iniciando suas carreiras (Sim, a carreira profissional começa no primeiro dia da faculdade e não no dia da formatura, como muita gente pensa).
Um dos conselhos (o terceiro) é "Comece a construir a sua rede de relacionamentos.

Muita gente pode não ter entendido.
Apesar de ninguém negar que Rede de Relacionamento é interessante e útil, pouca gente se lembraria de incluí-la como uma das coisas mais importantes para a carreira de um profissional. Normalmente pensariam na capacidade técnica como a coisa que mais importa (muita gente, aliás, considera que a capacidade técnica é a única coisa que importa).
Além disso, quase nenhum professor, mentor ou orientador considera importante recomendar a um estudante de primeiro ano de faculdade que se preocupe com a construção de sua rede de relacionamento.

Daí lembrei da minha pesquisa para o Mestrado (2007) na qual analisei os recursos importantes (valiosos) para Pequenas Empresas de Engenharia.
Recursos, aqui, são definidos como "tudo o que a empresa possui, controla ou tem à sua disposição. Pode ser constituído de conhecimentos, habilidades, capacidades, instalações, equipamentos e outros ativos tangíveis ou intangíveis."

Já os recursos considerados valiosos (e, portanto, capazes de constituir diferencial competitivo) são aqueles que atendem a três condições importantes
1) A sua empresa tem e as empresas concorrentes não têm;
2) As empresas concorrentes não podem adquirir ou desenvolver esse recurso sem investimentos importantes (vultosos) de tempo e dinheiro;
3) Os clientes identificam esse recurso como uma coisa pela qual vale a pena pagar mais caro.

Pode parecer simples, para um leitor desavisado, possuir recursos valiosos (e, portanto, diferenciais competitivos) mas vá dizer isso para os alunos das minhas aulas de pós-graduação (Marketing e Relacionamento com o Cliente) que precisam lidar com esse conceito e identificar seus próprios Recursos Valiosos... É muito complicado! Mais de 70% dos participantes acabam se rendendo ao FATO de que não possuem recursos valiosos e, portanto, não possuem diferenciais competitivos.
Daí a importância da Rede de Relacionamento, pois pode ser construída sem investimento financeiro.

Na minha pesquisa (os detalhes podem ser vistos
 AQUI )quase trinta tipos de recursos foram relacionados e analisados. Adivinhe qual recurso emergiu como o mais importante (aquele que está mais fortemente relacionado com o sucesso ou fracasso de uma pequena empresa de Engenharia)?

Isso mesmo: Rede de Relacionamento

Rede de relacionamentos parece, à primeira vista, ser um recurso determinante para escritórios de engenharia. Trata-se de um recurso valioso, na medida em que permite obter vantagem competitiva. Não é, necessáriamente raro, mas é imperfeitamente imitável, pelos três motivos possíveis (possui path dependence, tem ambiguidade causal e é socialmente complexo) e é não negociável.

Mas, preste atenção (repito aqui): rede de relacionamento não é rede de pescar. Não é teia de aranha. Não é rede de contatos pra se dar bem ou para ter pra quem pedir coisas, quando precisar. Nada disso!
Uma rede de relacionamentos é um conjunto de conexões consistentes que o indivíduo estabelece com pessoas com as quais ele interage, de forma ativa e generosa. Sim, eu disse GENEROSA! Você precisa se doar, ser útil, contribuir para o crescimento dos indivíduos que fazem parte da sua rede de relacionamentos.

Trocando em miudos: ter uma boa rede de relacionamentos significa possuir um grande patrimônio. Mas é um tipo de patrimônio que não pode ser comprado nem herdado. A rede de relacionamento de um indivíduo é um patrimônio individual (ainda que ele possa colocá-la à disposição dos interesses de filhos, irmãos ou mesmo de sócios da sua empresa). Ela segue o indivíduo. Se ele for o proprietário de uma empresa – de Engenharia ou de Arquitetura, por exemplo – essa rede pode ser considerada como uma rede da própria empresa.

Redes de Relacionamentos realmente importantes são baseadas na confiança. São construídos pela combinação de qualidades individuais, atitudes generosas e tempo. Muito tempo. Pois o tempo é o elemento catalisador da confiança. E a combinação de fidelidade e confiança é essencial à construção e sustentação das redes.

Além disso, a capacidade de lidar com a liderança também é importante. Significasaber liderar e saber ser liderado. Ter pulso firme quando a situação exige decisão e comando e ter humildade e boa vontade quando a situação requer subserviência.Isso, definitivamente, não é uma coisa simples. Mas é absolutamente indispensável para quem quer construir esse valiosíssimo patrimônio.

E por que uma Rede de Relacionamentos é tão importante para empresas de Engenharia/Arquitetura?
Simples: Serviços de Engenharia não são comprados ou consumidos por muitas pessoas, muitas vezes na vida. Portanto, não são de Consumo de Massa. Isso tira do “arsenal de possibilidades” um conjunto muito grande de ferramentas e recursos de gestão tradicional que são, via de regra voltados para produtos de consumo de massa. Um número muito reduzido de pessoas ou empresas são potenciais clientes de engenheiros. Nesse mercado não se pode contar com a experiência do cliente. Por melhor que seja um profissional ou uma empresa, por mais satisfeitos que fiquem os seus clientes, é sempre pouco provável que existam compras ou consumos sucessivos. Além disso, o fato de o produto não ser “de consumo de massa” torna inútil todos os principais recursos de comunicação com o mercado (mídia aberta, recursos de promoção de vendas, etc.), disponíveis para os empresários que trabalham com mercadorias por exemplo. Assim, resta às redes de relacionamento essa posição de recurso capaz de viabilizar estratégias tanto de gestão quanto de comunicação.

ÊNIO PADILHA
www.eniopadilha.com.br | ep@eniopadilha.com.br

6º Prêmio Nacional de Pré-Fabricados de Concreto para Estudantes de Arquitetura



Antenção, estudantes! Parem de reclamar que já têm coisas demais pra fazer e prestem atenção em mais uma oportunidade de exercitar o que vocês aprendem na faculdade, e de quebra, ainda ganhar unzinho que não faz mal a ninguém... afinal, o que vocês fazem entre meia-noite e seis da manhã?

Na sua 6ª edição, depois do sucesso das anteriores, o PRÊMIO NACIONAL DE PRÉ-FABRICADOS DE CONCRETO PARA ESTUDANTES DE ARQUITETURA 2011confirma o interesse demonstrado pelos alunos e professores de arquitetura por todo o Brasil e já se torna uma tradição de bons projetos acadêmicos em pré-fabricados de concreto.

Construção e qualidade de vida

O processo de projeto e produção da construção civil vem evoluindo rapidamente no mundo e principalmente no Brasil, aonde a industrialização dos itens intervenientes nas edificações vêm conferindo qualidade, rapidez e economia ao produto final construído. Todas as vantagens já conhecidas de qualidade, velocidade, precisão e conformidade com normas técnicas, apontam para a utilização crescente dos pré-fabricados de concreto e estes objetivos continuam sendo o grande desafio dos arquitetos na concepção e detalhamento dos projetos.

O desenho das edificações e consequentemente das nossas cidades, com incremento da qualidade de vida e manejo correto da natureza também é um dos objetivos do 6º Prêmio Pré-fabricados Estudantes 2011.

Regulamento
Inscrição
Consultas

20.8.11

Carta aberta do IAB-DF em defesa de Brasília

Encaminho cópia da carta aberta elaborada pelo IAB-DF, em defesa da nossa cidade.


15.8.11

10º Prêmio Jovens Arquitetos




O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento de São Paulo e o Museu da Casa Brasileira, tornam pública a realização do 10° Prêmio Jovens Arquitetos, para arquitetos de todo o país com até 40 anos de idade.

Serão objeto de premiação trabalhos desenvolvidos nas seguintes áreas: 

Arquitetura: Projetos e Obras Executadas;
Urbanismo:Projetos e Obras Implantadas;
Ensaios Críticos de Arquitetura e Urbanismo 
(incluindo livros, artigos publicados, ensaios fotográficos).

CALENDÁRIO
Inscrições e entrega dos trabalhos
Data: até 23/08/2011 às 18h
Postagem com data limite de 23/08/2011
Local: Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento de São Paulo

Solenidade de Premiação e Inauguração da Exposição 
Data: dia 15/09/2011 às 19h
Local: Museu da Casa Brasileira - Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705

Retirada dos trabalhos
Prazo: a data de retirada dos trabalhos será informada pelo IAB/SP 
Local: Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento de São Paulo

COORDENAÇÃO
Arq. Yuri Vital



REGULAMENTO
INSCRIÇÃO
CONSULTAS

Mais informações, acesse o site do IAB-SP. http://www.iabsp.org.br

14.8.11

Você já leu a lei que institui o CAU??



Colegas, alunos, arquitetos deste Brasilzão sem porteiras, vocês já leram a lei 12.378/10, que regulamenta o exercício da nossa profissão e institui o CAU? Hein? você não sabe o que é CAU? Se você for calouro ou se tiver acabado de chegar de Plutão, está perdoado. Caso contrário, você está atrasado. MUITO atrasado.
A partir de 1º de janeiro de 2012, a profissão de Arquiteto e Urbanista será fiscalizada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo, em substituição ao sistema CONFEA-CREA, que continuará regendo as Engenharias e só mais umas 300 profissões. Pois é...
Quem quiser ler na íntegra o texto da lei, o que é altamente recomendável, clique aqui.

A partir de então as atribuições da nossa profissão serão regulamentadas por uma lei federal. Atualmente são determinadas por uma resolução do CONFEA. Este é o primeiro passo concreto para que, num futuro próximo, questões de "sombreamento" de atribuições entre arquitetura e engenharia sejam solucionadas, como acontece na maior parte do mundo. Acredito ser um passo importante para os arquitetos e nossos co-irmãos engenheiros quanto à definição clara de papéis e funções, mostrando de forma clara para a sociedade que somos AMBOS imprescindíveis.

Questões éticas também compõe a lei, como a proibição de "locupletar-se ilicitamente, por qualquer meio, às custas de cliente, diretamente ou por intermédio de terceiros" ou "recusar-se, injustificadamente, a prestar contas a cliente de quantias que houver recebido dele, diretamente, ou por intermédio de terceiros" (Art. 18, parágrafos VI e VII). Assuntos controversos como a "reserva técnica", um eufemismo para "comissão", deverão ser abertamente discutidas com o cliente. Profissionais que "doam" os projetos ou cobram valores imoralmente baixos para ganhar muito com as comissões terão que, no mínimo, rever seus conceitos. Mas isso é assunto para outro dia.

A primeira eleição para Conselherios do CAU em todos os Estados ocorrerá em 26 de outubro! As chapas podem ser inscritas até 29/08 e o número de conselheiros é proporcional à quantidade de profissionais registrados em cada Estado. No DF, por exemplo, serão 10 conselheiros regionais, 10 suplentes e um conselheiro federal.
Movimentem-se, participem. Não percam a chance de fazer história. O futuro da nossa profissão depende de nós.


10.8.11

Como Arquitetos e Designers Pensam


Fica a dica para o dia dos pais: edição atualizada do livro "Como Arquitetos e Designers Pensam"

Extraído de www.arcoweb.com.br

A editora Oficina de Textos lança a quarta edição – atualizada - do livro “Como Arquitetos e Designers Pensam”, que marcou a história do movimento Design Methods na busca pelo entendimento sobre a arte de projetar e pelo conhecimentos sobre as atividades cognitivas do processo de projeto.



O livro traz diversas investigações sobre a metodologia projetual e enriquece discussões sobre o papel dos arquitetos e designers. A pergunta central da publicação é: Como uma grande mente desenvolve o processo criativo?
Analisando estilos de pensamento, o livro apresenta respostas para problemas comuns em todo projeto e oferece técnicas que auxiliam no processo de criação. 

A obra incorpora, ainda, lições sobre como trabalham os grandes mestres

Serviço:- “Como Arquitetos e Designers Pensam”;
- Autor: Bryan Lawson.
- Editora: Oficina de Textos.
- 2011.
- Português.
- Dimensões: 25 por 18cm.
- 296 páginas.
- Capa: Brochura.
- Preço: R$ 84,00.
Compre na Prolivros: www.prolivros.com.br

8.8.11

Agenda - Greenbuilding Brasil


Acontece de 29 a 31 de agosto a 2ª edição da GreenBuilding Brasil, conferência internacional reconhecida como o grande encontro da construção sustentável no Brasil. O evento divide-se em Conferência Internacional e Exposição de Soluções, onde o foco é o desenvolvimento de negócios através da apresentação de produtos, equipamentos e serviços especializados.

Haverá ainda Visitas Monitoradas, onde serão apresentadas informações sobre a concepção do projeto e o desenvolvimento da obra, aplicação de novas técnicas, dificuldades de realização e benefícios obtidos, entre outras coisas.

Principais temas:
Reorganização do planejamento urbano
Desenvolvimento de projetos verdes
Revolução de processos de construção e acabamento
Utilização de novos materiais e reciclagem
Implantação de tecnologias inovadoras
Otimização de recursos e sustentabilidade
Redução de consumo de água, energia, insumos, etc.
Preocupação com responsabilidade social
Melhoria de qualidade de vida e de trabalho

No 1º dia, haverá uma programação com tendências, políticas públicas, aspectos socioeconômicos e culturais, além de casos práticos internacionais em amplas sessões plenárias.

No 2º dia, a agenda contará com salas temáticas, em sessões simultâneas, com abordagens especializadas sobre novas metodologias, técnicas e tecnologias aplicadas em obras, visando obter sustentabilidade e ecoeficiência na administração de recursos. Nessa jornada permanece o enfoque prático e a apresentação de resultados e conquistas obtidos.

Uma excelente oportunidade para atualização na área que já se apresenta como um dos mais importantes campos profissionais para nós, arquitetos e engenheiros. Maiores informações acesse o site www.expogbcbrasil.org.br.

Clique aqui para se inscrever.




4.8.11

Jorge Raineski - Entrevista sobre a implementação do CAU

ARCOWEB - Jorge Raineski



Os anos de trabalho em entidades de classe e no sistema Confea/ Creas - está no meio desde 1982 e, entre outros cargos, presidiu o IAB/ SC - parecem ter talhado a retórica do arquiteto Jorge Raineski para a política. Afável e de raciocínio cuidadoso, Raineski está, no momento, à frente de uma missão espinhosa: formalizar a constituição do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e suas unidades regionais.
Arquitetos e urbanistas não diretamente envolvidos na criação do CAU têm manifestado preocupação com a constituição do conselho. Afinal, eles terão ou não o CAU ainda este ano?
A lei prevê que o processo de transição seja realizado pela CCEARQ através das coordenadorias nacionais e das coordenadorias regionais das câmaras especializadas de arquitetura, com o acompanhamento das entidades de classe nacionais que compõem o CBA - Conselho Brasileiro de Arquitetos, ou seja, IAB, FNA, Abea, Asbea e Abap. Como parte do sistema Confea/Creas, nós [CCEARQ] não temos personalidade jurídica.


Existe, portanto, a dificuldade inicial de que, sendo responsáveis pela transição, temos que nos submeter às normativas do sistema. No primeiro entendimento, acreditava- se que esse processo seria feito com a participação tanto dos arquitetos como do próprio Confea, de forma harmoniosa. No entanto, o sistema Confea/Creas é pesado e tem um efeito de temporalidade diferente do que a lei prevê. Quer dizer, um ano para essa transição tem gerado inúmeras dificuldades, principalmente para os arquitetos, porque o sistema não a vê de forma harmoniosa.
O que significa não enxergar essa transição de forma harmoniosa?
Alguns presidentes de Crea não absorveram a nova lei e ainda estão oferecendo reações bastante complicadoras à transição. Além disso, há as eleições no sistema Confea/Creas, que vão ocorrer também este ano. E as diferenças que aparecem, com as correntes políticas que surgem nesse andamento, acabam por contaminar nosso processo. Como há uma disputa dentro do sistema - o que é natural, pois é um processo político -, a divisão traz consequências para o apoio que precisávamos ter.


Por conta principalmente dessas duas questões, o colégio de presidentes do Confea negou apoio para que fosse resolvido um problema gerado pelo próprio sistema ao interpretar o artigo da lei que previa que 90% dos recursos oriundos das contribuições dos arquitetos fossem depositados em conta específica. Em nosso entendimento, uma interpretação errada fez com que, por orientação do próprio presidente do Confea, em decisão normativa, fossem criadas 27 contas, uma em cada estado, para o depósito desses recursos.


Foram as entidades que integram o CBA que avaliaram como equivocada essa interpretação da lei?
Também elas, mas a própria CCEARQ em sua primeira reunião, em fevereiro, constatou que o entendimento estava errado. Como o processo de transição e eleição se dá em âmbito nacional, para a escolha dos conselheiros federais, e também nos estados, não faria sentido realizar duas eleições, seria um gasto e uma mobilização desnecessários. Entendemos que a eleição deveria acontecer simultaneamente para os conselheiros federais e estaduais e que o custeio desse processo deveria se dar a partir de uma conta nacional, como prevê a lei.


Mas para o Confea deveriam ser criadas 27 contas. Após a manifestação da CCEARQ, o próprio presidente do Confea [Marcos Túlio de Mello], através de sua assessoria jurídica, achou que deveria reverter a situação e posicionou-se favorável à conta nacional. Mas já era tarde. Houve reação por parte dos presidentes dos Creas, e o colégio dos presidentes [órgão consultivo do Confea] se manifestou contrário à mudança. Por isso eu digo que houve uma contaminação do nosso processo de transição através do sistema Confea/Creas.
Qual o caminho adotado para que se crie a conta única?
O que nos resta é buscar, na Justiça, o cumprimento da lei, através de um mandado de segurança. O presidente do Confea tem ciência de que talvez esse caminho lhe facilite a reversão para a conta nacional. A situação cria dificuldade até para ele, que está sendo responsabilizado por ter tomado a decisão que nos prejudica e nos impede de proceder ao custeio do processo eleitoral.
Voltando à pergunta inicial: o que dizer àqueles que estão em dúvida sobre a constituição do CAU?
Ocorreram [até meados de julho] cinco reuniões [em Brasília, na sede do Crea/ DF] com a participação dos coordenadores nacionais. Se não temos tido a presença de todos é porque alguns Creas insistem em não mandar seus representantes, por acharem que não devem usar os recursos retidos.Vários Creas não estão sequer prestando contas para o Confea dos 90% das contribuições depositadas pelos arquitetos. Há uma desordem no sistema quanto à determinação de fazer o depósito e prestar contas ao Confea e às câmaras. O próprio Confea não tem mais controle sobre isso, o que é grave. Assim, não temos contado com a presença da totalidade dos coordenadores nas assembleias da CCEARQ, o que seria fundamental.


O que compete à CCEARQ está sendo feito: o regimento eleitoral está pronto e as comissões eleitorais de 27 estados foram montadas. O processo eleitoral com voto direto via eletrônica/internet foi aceito por unanimidade e vai permitir que o arquiteto, de qualquer lugar do Brasil, vote na data prevista [26 de outubro]. A eleição se dará em chapas proporcionais, conforme a lei prevê, de acordo com o número de arquitetos de cada unidade da Federação. Cada chapa será encabeçada por um candidato a conselheiro federal, portanto a eleição se dará num único momento. Todo o processo está organizado. Eu diria que tudo conspira para que a eleição aconteça. Apenas o acesso ao dinheiro para o pagamento das despesas necessárias é que está entravado.
Alguns desses Creas não estão sequer prestando contas para o Confea dos 90% das contribuições depositadas pelos arquitetos. Há uma desordem no sistema quanto à determinação de fazer o depósito e prestar contas ao Confea e às câmaras.
Qual a solução para o problema?
O caminho que temos aberto deve-se ao entendimento de seis Creas [de Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará] que disponibilizaram recursos por ordem de seus próprios presidentes. Isso deverá viabilizar a eleição, independentemente da criação da conta nacional. Mas existem alguns entraves jurídicos que estamos tentando superar. Mantemos nosso propósito de que a eleição se dê no prazo previsto. É evidente que a nossa comunicação também tem sido dificultada pelos acontecimentos. Não ter a certeza de como vamos resolver a questão financeira/econômica gera um desconforto para que possamos levar com tranquilidade a todos os arquitetos a informação de que o processo está andando linearmente para o ponto onde temos que chegar.
O CAU deverá também ter câmaras, como as que existem no Confea?
Não acredito, até porque nesse ponto começam a aparecer nossas diferenças com o sistema Confea/Creas. Como é uma única profissão, não há necessidade de se dividir em câmaras. Não acredito que vamos separar os paisagistas dos urbanistas, dos arquitetos. Até porque o entendimento que se tem da arquitetura é que ela é uma profissão abrangente, que engloba todas as atribuições em um único profissional. Então, não vejo possibilidade de que as coisas venham a acontecer dessa forma.
O prazo inicial para a publicação do edital/regulamento da eleição, no final de junho, foi cumprido?
Não, mas a previsão é que isso ocorra no dia 19 de julho [o edital foi publicado oficialmente dia 22 de julho]. Alguns ajustes foram feitos no regimento para que pudéssemos superar em tempo essas dificuldades. Até porque há custos para a publicação do edital e isso também esbarra na questão das contas. A medida judicial já está autorizada, mas nós [CCEARQ] não podemos entrar na Justiça contra o Confea/Creas. São as entidades nacionais de arquitetos reunidas no CBA que devem mover a ação: entrar com mandado de segurança para que o presidente do Confea se sinta legitimado a tomar a atitude que ele mesmo já se convenceu ser necessária.


Por conta disso, também corre a própria participação, ou não, dos arquitetos no processo eleitoral do Confea/Creas [em novembro]. Essa é uma questão que está sendo posta agora e a posição da CCEARQ tem sido a seguinte: vamos cuidar da nossa eleição e deixar que o sistema Confea/Creas faça a melhor eleição possível, para que tenhamos um outro conselho parceiro. Porém, como o processo de eleição e transição pode passar do final do ano, poderemos interter mudanças no Confea/Creas, com outros presidentes. Seria irresponsabilidade nos isentarmos totalmente caso isso venha a acontecer com os arquitetos ainda dentro do sistema.


Volto a frisar que pretendemos fazer a nossa eleição sem interferir com a do Confea/Creas, a menos que o próprio sistema gere dificuldades tão grandes que impeçam nossa separação no prazo previsto. Se isso ocorrer, então os arquitetos, de forma organizada, vão reivindicar o direito de participar da escolha [no processo eleitoral do sistema Confea/Creas], já que ela será imperativa para a transição.
Não ter a certeza de como vamos resolver a questão financeira/ econômica gera um desconforto para que possamos levar com tranquilidade a todos os arquitetos a informação de que o nosso processo está indo para o ponto onde temos que chegar.
A CCEARQ tem conhecimento dos valores movimentados nas quase três dezenas de contas?
Nem o Confea tem essa informação, e o que sabemos chega através dos coordenadores de câmaras. Alguns têm a informação de que existe determinado valor depositado, mas sem acompanhamento de extratos ou comprovante de como isso está sendo feito. Temos conhecimento de que esses valores são da ordem de 16 milhões de reais. Acreditamos que seja 50% do que realmente é devido, mas é o suficiente - e com bastante margem - para o custeio do processo eleitoral e da transição. Esse dinheiro já pertence ao CAU. Alguns Creas estão agindo de forma correta, mas, do total de 27 unidades, em torno de 50% ainda não tem sequer prestação de contas. Mas não devemos focar nossa atenção nisso, até porque, uma vez instalado o CAU, haverá auditorias.
Com a formalização do CAU, deverão ser realizadas auditorias para checar essas contas?
Certamente. E por isso nos preocupa saber que em muitos estados existe movimentação dos Creas tentando compor chapas para participar e interferir no processo eleitoral do CAU. Nossa proposta é não interferir nas eleições do Confea, mas sabemos que a recíproca não é verdadeira.
Quais os argumentos dos Creas que não têm feito o depósito para continuar a proceder dessa maneira?
Esses entraves são de ordem exclusivamente política. Significa que há outros interesses que não o do cumprimento da lei e um processo de transição harmonioso, que estamos buscando. Ainda insistimos nesse caminho, embora já tenha se esgotado grande parte das possibilidades de que venhamos a construir o CAU dessa forma. Então, o encaminhamento jurídico deverá garantir que o processo ocorra. E deveria ser um processo harmonioso, em que teríamos, ao mesmo tempo, eleição e transição com a migração das informações, com as estruturas mínimas para o início das atividades do CAU.
Qual a posição do Crea de São Paulo?
Ele tem apresentado inúmeras dificuldades. Uma delas é justamente o fato de ele ser contrário à criação da conta nacional. Por conta disso, colegas de São Paulo têm enfrentado dificuldade no diálogo com o presidente desse Crea. Segundo informações da coordenadora por São Paulo, não há prestação de contas.
E como tratar isso, uma vez que São Paulo é o estado que mais arrecada?
Cerca de 30% dos profissionais [arquitetos e urbanistas] brasileiros estão no estado de São Paulo e a maior parte do colégio eleitoral também. É um estado que faz uma falta muito grande, mas não o suficiente para impedir que o processo ocorra dentro da normalidade.
Há alguns meses, as entidades que compõem o CBA e a CCEARQ consultaram o Tribunal Eleitoral para verificar a possibilidade de ele participar da organização da eleição. Como isso evoluiu?
De fato, visitamos um representante do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, que nos informou que o Tribunal Superior Eleitoral dispõe de tecnologia e conhecimento para fazer eleição via internet. Mas é norma do TSE que, em anos de eleição ou plebiscito, sua participação em qualquer outra eleição no Brasil fica congelada. Como havia a possibilidade de ocorrer o plebiscito sobre desarmamento proposto pelo [senador José] Sarney, buscamos opções e tomamos conhecimento da existência de empresas que têm essa tecnologia e já a aplicaram em eleições nos conselhos de farmácia e administração. Haverá licitação, conforme prevê a lei, e não sabemos quais empresas vão se habilitar, mas sabemos que o processo existe e como deverá funcionar.
Quem realizará essa licitação? O próprio Confea?
Teria que ser o Confea, existindo a conta nacional. Senão, vamos ver a possibilidade de um Crea assumir o processo licitatório, uma vez que é um custo que estaria ao alcance deles. Trata-se de eleição em âmbito nacional, mas que estará sediada em algum local. O sistema de internet permite que o processo eleitoral, sediado em determinado estado, atinja não apenas o país, mas até o exterior, para aqueles arquitetos que tenham celular com acesso à internet.
O senhor disse que qualquer Crea teria condições de bancar a eleição. Qual será o custo desse processo?
Fizemos um levantamento e acreditamos que custará menos de 500 mil reais. Qualquer Crea, por conta dos 90% dos recursos retidos nas contas, estaria habilitado a fazer essa concorrência.
Como deverão ser compostas as chapas que vão concorrer? Quem os arquitetos vão eleger?
A eleição será proporcional para a formação dos conselhos regionais, de modo que o número de conselheiros regionais é proporcional ao número de arquitetos registrados no Crea de cada estado.O mínimo, conforme a lei prevê, para estados pequenos, é cinco conselheiros regionais e um nacional. O número de membros de cada regional é igual ao número de candidatos que deverão fazer parte da chapa: são os conselheiros e seus respectivos suplentes. Pode concorrer mais de uma chapa, e se uma delas tiver 60% dos votos, por exemplo, 60% do conselho seria formado por integrantes dessa chapa.


Numa eleição para cinco conselheiros, por exemplo, essa chapa elegeria três e uma eventual segunda chapa, com 40% dos votos, colocaria dois membros no conselho regional. O conselheiro nacional pertence à chapa vencedora. O mínimo que uma chapa deverá fazer para garantir a presença de um de seus conselheiros é 20% dos votos. E ela deve ter já definida a ordem dos membros que serão chamados a compor o conselho regional.
Existem chapas sendo articuladas dentro do próprio CBA?
Eu sou do IAB e tenho participação também nas entidades de classe. Temos uma grande ligação com o CBA. Até esse momento, para nosso conforto, não temos divisões internas. Não há divisão entre as entidades de classe, não há divisão dentro da CCEARQ, apenas um estado tem se abstido das principais decisões - não preciso esconder que é São Paulo -, porque o resto do país tem votado junto, com exceção das entidades que não podem estar com a gente em razão de dificuldades.
O CAU/BR terá, então, 27 conselheiros. Como será escolhido o presidente?
Ele será escolhido pelos 27 conselheiros federais e mais um representante das instituições de ensino, que deverá ser nomeado pela CCEARQ.
Não votar diretamente no presidente nacional não poderá frustrar a categoria?
Ao se redigir a lei, houve o entendimento de que nossa modalidade de gestão seria parlamentarista. Tanto que o conselho nacional, com anuência de 2/3 de seus componentes, poderá mudar o presidente a qualquer momento. É um sistema moderno, que não centraliza tanto o poder.
Esse sistema é vantajoso?
Uma das críticas que faço ao sistema Confea/Creas é que temos um conselho, mas o presidente governa em separado, fica garantido no poder por um processo à parte. O sistema presidencialista tem uma centralidade meio imperial, da qual não precisamos. O sistema escolhido para o CAU me parece mais democrático, mais justo.
Quantos profissionais deverão participar como votantes nessa primeira eleição?
Estima-se que haja 100 mil profissionais no Brasil e esperamos que todos participem da eleição. Temos consciência de que o processo não está sendo facilitado e isso talvez seja prejudicial, mas a lei prevê a obrigatoriedade do voto e aplicação de punição em sua ausência. A multa, que está sendo definida no regulamento eleitoral, tem a função punir, mas também de fazer cumprir uma obrigação.
Uma das críticas que faço ao sistema Confea/Creas é que temos um conselho, mas o presidente governa em separado, fica garantido no poder por um processo à parte. O sistema presidencialista tem uma centralidade meio imperial.
O senhor tem conhecimento da existência de articulações em alguns Creas com o objetivo de montar chapas para disputar a eleição do CAU?
Temos ouvido depoimentos e há rumores de que existem alguns estados fazendo essa ingerência, o que nos preocupa. Precisamos tomar uma atitude com relação a isso. Alguns Creas têm interesses diversos nessa situação. Um deles se refere ao fato de termos CAUs independentes em cada estado, até por conta de auditorias que, porventura, tenham que ser resolvidas.
Quem seria uma boa aposta para presidir o CAU/BR?
Espero que seja alguém comprometido em criar um conselho de todos os arquitetos, para toda a sociedade brasileira. E, de preferência, que não seja uma figura carimbada.
Por Adilson Melendez
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 378 Agosto de 2011